29 outubro 2006

Difícil resistir...

Quem não conhece aquele irresistível bolinho de chocolate, com casquinha crocante, mas fofíssimo por dentro, quente, molhadinho e que traz uma deliciosa surpresa no recheio cremoso de chocolate, logo na primeira mordida????
Quem me conhece sabe e eu confesso, sou apaixonada por doces, especialmente bolos. E cá entre nós, eu sou fascinada por Petit Gateau!!!
Já li que um Petit Gateau de vez em quando é tudo na vida de uma pessoa... e eu concordo plenamente.
A verdade é que o prazer de comer é um dos maiores prazeres da vida.
Pois é, e por causa dessa vontade de inventar um novo prazer, procurando uma receita diferente de "petit gateau", sobremesa que eu amo, acabei encontrando no "Manipulação" uma estória super interessante.
Ela conta a estória de João, um comilão guloso que tem um desejo incontrolável de comer Petit Gateau e essa satisfação desregrada o destrói.
Portanto, meus amigos, apesar das delícias não devemos comer mais do que podemos. Não podemos deixar que a gula nos leve a destruição.
Podemos comer de tudo, mas em porções pequenas, sem exagero ou excesso.
O prazer de comer não pode jamais ser ignorado. Não é preciso se privar de comer um “Petit Gateau” de vez em quando, basta saber a quantidade e aprender a comer com todos os sentidos.



João e o pé de Petit Gateau


Há muito tempo atrás, quando o Rei Alfredo ainda reinava, no interior da Inglaterra vivia uma pobre viúva, que tinha um filho rebelde e perdulário, o João, também chamado de Pereira, embora seu sobrenome seja Fitzgerald e ninguém saiba de onde vinha seu apelido. João gastou todo o dinheiro de sua mãe em Petit Gateau e deixou-a furiosa, pois a viúva sempre tentou iniciá-lo no mundo da boa culinária. Bastava ele comprar um Petit Gateau e a mãe subia na mesa, chutava o prato onde o filho comia a iguaria francesa para o lado, pegava um panelão de feijão e colocava na frente de João. "Ora, mas que diabos! Tem que comer feijão! FEI-JÃO!", ela sempre dizia.

Mas o vício do filho acabou com a fortuna da mãe e eles empobreceram, restando à viúva somente uma velha vaca. João amolou muito sua mãe para que eles vendessem o animal e ela acabou concordando, embora não soubesse como sobreviveriam depois. João levou a vaca para a vila e encontrou um açougueiro que propôs-lhe trocar a vaca por uma pequena porção de Petit Gateau mágico que ele levava no chapéu. Iludido, João aceitou a proposta, voltou pra casa e colocou o Petit Gateau na mesa para comer, não obstante não ter visto nada de mágico na sobremesa. Aquele Petit Gateau quase em nada diferia dos Petit Gateaus comuns - se não fosse a presença de alguns piolhinhos, umas caspas e fios de cabelo (provavelmente porque o açougueiro carregava o Petit Gateau em seu chapéu), João nunca perceberia que aquele era mágico.

Quando havia comido metade do Petit Gateau, sua mãe percebeu, subiu na mesa e chutou o Petit Gateau pela janela para o quintal de casa, gritando "Raios, filho, raios! Você trocou nossa última riqueza por um Petit Gateau cheio de piolhos? E o feijão? E o feijão? O que comeremos nos dias que seguem?" Colocou as mãos na cintura e bateu a cabeça duas vezes na parede, enquanto dava uma reboladinha. João ficou muito envergonhado e prometeu vender suas louças que comprara exatamente para comer Petit Gateau. Foram os dois dormir.

No dia seguinte, ao acordar, João percebeu uma sombra em sua janela, e viu que o Petit Gateau que sua mãe havia chutado pela janela para o quintal germinou e nasceu um enorme pé de Petit Gateau, que, pensou ele, ia até as nuvens, com suas hastes espessas. João começou a subir no pé de Petit Gateau para ver até onde ele levava, mas quando chegou no topo da planta, nada havia lá, e as nuvens ainda ficavam uns 15 metros acima de sua cabeça. Ficou desapontado por ter se cansado à toa, até que viu outra planta crescendo e ficando maior seu pé de Petit Gateau, trespassando as nuvens, ao lado do pé onde estava, a uns oito metros de distância.

Um jovem foi subindo na outra planta rapidamente e quando estava quase chegando nas nuvens, olhou para João com desprezo e perguntou "Esse não é um pé de feijão, certo?" "Certo, veja os Petit Gateaus nascendo às hastes deste pé, com uma doce calda de chocolate!", respondeu João. "Pois o meu é! Imagino que tenha comprado um Petit Gateau mágico na vila!", disse o jovem. "Troquei por uma velha vaca que era de posse de minha mãe." "E não vai alcançar as nuvens com isso! Se tivesse trocado por feijão, estaria chegando à casa do Gigante cheia de ouro, como eu! Veja este pé de feijão, tão mais alto e mais forte! Da próxima vez, compre feijão! FEI-JÃO!", disse o jovem, desaparecendo nas nuvens, apontando para João e rindo da sua desgraça.

João arrependeu-se por nunca ter escutado sua mãe, desceu do pé e morreu de fome. Nunca mais teve a oportunidade de comer um belo prato de feijão preto. Conta-se que o outro rapaz jamais colocou na boca um Petit Gateau.

Por Frost




5 comentários:

Anônimo disse...

Achei muito engraçada esta historia!! Me diverti bastante lendo!! Eu sou gulosa mesmo, mas como não posso me dar ao luxo de exagerar, sempre sigo aquela boa e velha dieta. Beijo!!

Anônimo disse...

Aí como eu sou gulosa... hehehe.. vontade de comer esse petit gateau da fotinho... hehehe... Tenha uma linda semana... E saiba q eu gosto muito de passar por aqui, viu? Bjos

Anônimo disse...

Oi, Cris, bom dia. Adorei a estorinha do João, ah coitado! Me coloquei no lugar dele pq eu adoro doces, são a minha perdição! Amo pudim, brigadeiro e é claro, petit gateau e muitos outros!

Anônimo disse...

Cris!!! A gula é algo devastador, não é mesmo!? Por mais que seja tudo (ops...nem tudo!) meio que irresistível, devemos procurar manter um equilíbrio.

Beijinho.

Anônimo disse...

Oi Cris, desculpa a invasao, pois estava visitando alguns jardins (blogs), quando achei o seu com um cheiro especial de rosas amarelas e chocolates. Boa mistura essa.
Gostei muito do texto e tb de saber q há muita gente gulosa como eu, hehehehehe!!!

Se vc quizer visitar o meu jardim, ele é meio apertado. Aqui está a direcao:http://saia-justa-georgia.blogspot.com/

um grande abraco Georgia Aegerter